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O Espírito Santo registrou saldo positivo de 3.893 novos empregos com carteira assinada em setembro de 2025, acompanhando a tendência nacional, que contabilizou 213.002 vagas formais no mesmo período. Todas as 27 unidades da federação apresentaram resultado positivo, conforme dados do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados nesta quinta-feira (30) pelo Ministério do Trabalho e Emprego. O desempenho capixaba contribuiu para o bom resultado da Região Sudeste, que liderou a geração de vagas no país com 80.639 novos postos formais. Em seguida vieram as regiões Nordeste (72.347), Sul (27.302), Norte (18.151) e Centro-Oeste (14.569). Panorama nacional do Caged Em todo o Brasil, o saldo de 213.002 postos resultou de 2.292.492 admissões e 2.079.490 desligamentos. Com isso, o número total de vínculos formais atingiu 48,9 milhões de trabalhadores, novo recorde histórico. No acumulado de janeiro a setembro de 2025, o país soma 1,71 milhão de empregos criados. Desde janeiro de 2023, já são 4,8 milhões de novas vagas. O salário médio real de admissão em setembro foi de R$ 2.286,34. O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, comentou o resultado. “Nosso saldo de setembro talvez contrarie os especialistas do mercado, que projetaram no máximo 175 mil, e o número é de 213 mil”, afirmou. Setores e demografia no Brasil Todos os cinco grandes grupamentos de atividades econômicas avaliados pelo Novo Caged tiveram saldo positivo em setembro. O setor de Serviços liderou com 106.606 novas vagas, seguido por Indústria (43.095), Comércio (36.280), Construção (23.855) e Agropecuária (3.167). No acumulado do ano, o ranking se mantém: Serviços (773.385), Indústria (273.231), Construção (194.545), Comércio (153.483) e Agropecuária (107.297). Entre os grupos populacionais, os homens ocuparam 117.145 vagas, enquanto as mulheres preencheram 95.857 postos. A maioria das contratações (142.789) foi de pessoas com ensino médio completo. Jovens de 18 a 24 anos se destacaram, com 110.953 vagas preenchidas, e os pardos representaram a maior parte dos vínculos (156.079). Desemprego atinge menor nível da série histórica Dados da Pnad Contínua, divulgados nesta sexta-feira (31) pelo IBGE, mostram que a taxa de desemprego no Brasil foi de 5,6% no trimestre encerrado em setembro, considerando tanto o mercado formal quanto o informal. O índice caiu em relação aos 5,8% registrados até junho e voltou ao menor patamar da série histórica iniciada em 2012. A mínima de 5,6% já havia sido observada nos trimestres encerrados em julho e agosto de 2025, embora o IBGE evite comparações diretas entre períodos com meses repetidos. O resultado ficou próximo da previsão do mercado financeiro, estimada em 5,5%, segundo a agência Bloomberg. Especialistas apontam que o mercado de trabalho segue em recuperação, impulsionado pelo desempenho da economia, medidas de estímulo federal, mudanças demográficas e avanços tecnológicos. A expansão do emprego e da renda tem estimulado o consumo de bens e serviços. Por outro lado, a demanda aquecida pode pressionar a inflação. Para conter o avanço dos preços, o Banco Central mantém a taxa Selic em 15% ao ano, o que tende a desacelerar a economia, reflexo já perceptível no Produto Interno Bruto (PIB).